Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Dos "esplendores sufocantes do trópico" aos "coelhos da espécie vegetal": os olhares de Domingo Faus |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
DALFRÉ, Liz Andréa
O objetivo desta tese é analisar as impressões que o argentino Domingo Faustino Sarmiento construiu acerca do Brasil em diferentes momentos do século XIX. Diversos estudos apontam para as dificuldades em mapear as relações entre as Américas de línguas espanhola e portuguesa e, principalmente, em pesquisar os momentos de confluências e identidades entre elas. Esta análise visa demonstrar o interesse deste autor pelo Império brasileiro e os critérios que selecionou para analisá-lo. Ao longo do século XX, Sarmiento foi canonizado como um dos pensadores mais significativos e paradigmáticos do século XIX para a América Latina. Sua escrita se caracterizou por um estilo combativo e apaixonado e seus posicionamentos geraram inúmeras controvérsias e debates. Neste trabalho, questiona-se sobre os elementos acionados por esse autor para refletir sobre o vizinho de língua portuguesa, considerando o contexto de sua escrita. A reflexão teve seus pressupostos teóricos tomados da noção de conexão histórica, de Serge Gruzinski, devido à preocupação em postular as relações existentes entre as diferentes Américas, tomando como estudo de caso os escritos de Sarmiento; da noção de cultura desenvolvida por Edward Said, segundo a qual a cultura é o local de embate político, e as reflexões sobre trajetória propostas por Norbert Elias em Mozart: sociologia de um gênio.
Palavras-Chave: Domingo Faustino Sarmiento. Relações Brasil-Argentina. Visões sobre o Brasil.
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880 0 bytes Universidade Federal do Paraná |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
A elaboração das diretrizes curriculares da educação básica do Estado do Paraná – história: uma anál |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
NODA, Marisa
Entre maio de 2004 e julho de 2005 no Estado do Paraná, houve o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História (DCE/H). Este processo ocorreu mediante a participação de, aproximadamente, quatro mil professores de História de todas as regiões do estado em dois Seminários Centralizados na Universidade do Professor, duas Reuniões Técnicas nas cidades sede dos Núcleos Regionais de Educação e dois Encontros Descentralizados, realizados em grande parte dos munícipios paranaenses. Foi coordenado pelo Departamento do Ensino Fundamental, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que constituiu um grupo de trabalho permanente para assistir e participar dos eventos centralizados e repassar as informações aos demais professores nos eventos descentralizados, em diferentes municípios, o que, para este Órgão, garantiria a participação de todos os professores, caracterizando o processo de elaboração do documento como um processo coletivo. Partiu-se do entendimento de que, desde meados da década de 1980, orientações de agências de desenvolvimento como a UNESCO apontavam para a necessidade de estímulo à participação popular nas instâncias governamentais, refletindo um direcionamento das propostas neoliberais, que buscavam consenso para sustentar suas ações de ajustes para manutenção de uma sociedade harmônica, que participa de forma organizada e prescrita, sem garantir mudanças de emancipação social. Considerando-se a força motivadora de desenvolvimento que desempenha o lugar que o sujeito ocupa nas relações sociais de que participa, esta pesquisa tem como objetivo analisar a participação dos professores de História no processo de elaboração das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do estado do Paraná – História. A problematização se pauta nas seguintes questões: Como se configuraram as orientações para a participação dos professores na elaboração das DCE/H? Como foi a participação dos professores nesse processo? A coleta de dados foi realizada junto ao Núcleo Regional de Londrina, do qual participaram do referido processo 168 professores. Foi analisada parte da documentação que o próprio processo de elaboração do documento gerou: roteiros de trabalhos, sínteses das respostas dos professores e um questionário respondido por 34 dentre os 168 partícipes. Os resultados apontam que a participação dos professores materializou as orientações sobre a implantação de mecanismos participativos nas instâncias educacionais presentes em documentos de organismos internacionais como a UNESCO e a CEPAL. Trata-se de uma participação formal, já que os conteúdos das reflexões realizadas pelos professores no processo de elaboração das diretrizes não se transformaram em orientações ou conteúdos do referido documento.
Palavras-chave: Diretrizes Curriculares. Participação. Formação de professores.
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1622 0 bytes Universidade Estadual de Maringá |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Aprendizagem filosófica a partir do uso de textos filosóficos nas aulas de filosofia no ensino médio |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
VALESE, Rui
A aprovação, em 2008, da Filosofia como disciplina obrigatória no currículo das séries finais da Educação Básica, coloca o seu ensino, as pesquisas e os debates acerca do mesmo num outro patamar: o da legitimação de sua presença na formação dos jovens desta etapa da educação. Este estudo parte de uma pesquisa empírica e busca contribuir com este novo momento, buscando responder à seguinte questão: de que maneira a leitura de textos clássicos de Filosofia pode contribuir para uma aprendizagem filosófica significativa? Apresenta uma metodologia do ensino de Filosofia, tomando os seus textos clássicos como tecnologia central do processo. A pesquisa empírica foi realizada com duas turmas de Ensino Médio do período matutino do Col. Est. Dep. Arnaldo Faivro Busato de Pinhais. Durante dois anos desenvolveu-se uma metodologia para a leitura e estudo de textos filosóficos que foi sendo aplicada e aperfeiçoada ao longo da mesma. Dividida em cinco momentos, não necessariamente subsequentes: provocação, aproximação, investigação, sistematização e ressignificação. Os dados empíricos mostraram que, apesar da deficiência na capacidade leitora da maioria dos sujeitos discentes envolvidos na pesquisa, fruto de um baixo capital cultural e das pressões do mundo do agir imediato a que os jovens nesta etapa da educação estão submetidos, é possível realizar uma aprendizagem filosófica significativa a partir de seus textos, desde que a leitura e o estudo dos mesmos sejam planejados e adequados a esta etapa. A extensão dos textos a serem lidos e estudados, assim como a sua complexidade devem ser pensadas em termos progressivos e adequados à turma com a qual se estiver trabalhando. Agindo desta forma, é possível uma aprendizagem filosófica significativa que possibilite, na perspectiva de Agnes Heller, uma recepção completa da Filosofia – saber pensar, saber viver, saber agir – o que poderá levar os jovens à apropriação de uma linguagem de segurança, capaz de lhes permitir pensar e agir sobre a realidade como sujeitos autônomos
Palavras chave: Educação Filosófica. Texto Filosófico. Ensino de Filosofia. Metodologia do Ensino. Recepção Filosófica.
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2508 0 bytes Universidade Federal do Paraná |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
O estigma na escola: a relação professor-aluno no ensino médio noturno no paraná |
Versão: PDF Atualização: 24/2/2016 |
Descrição:
RADO, Sonia Cristina
O estudo se situa no âmbito da linha de pesquisa História e Políticas Educacionais do Programa de Pós-Graduação e Educação da PUCPR. Procurou-se investigar quais as tensões vivenciadas no ensino médio noturno. A questão norteadora deste estudo é: Como se expressa a relação entre alunos, professores e gestores no espaço escolar do ensino médio noturno no que se refere aos seus sentidos e significados. Essa questão emergiu da constatação que se vivencia no espaço da escola do ensino médio noturno um ambiente de tensão e conflitos, que envolvem alunos, professores e gestores, em torno dos sentidos e significados da escola. Assim, a tese objetiva analisar como se expressa a relação entre alunos, professores e gestores no espaço escolar do ensino médio noturno no que se refere aos seus sentidos e significados. Para a realização do estudo, empreendeu-se uma pesquisa empírica com alunos jovens matriculados em uma escola da rede pública estadual, que oferta ensino médio noturno, em Pinhais-PR, Região Metropolitana de Curitiba. A coleta dos dados para interpretação da realidade investigada foi feita a partir do ponto de vista das relações que os sujeitos constroem no espaço escolar. Optou-se pela utilização de pesquisa bibliográfica, grupos de discussões com alunos, professores e equipe gestora e entrevista semiestruturada com os professores e gestores. Colaboraram com aporte teórico Dubet (1994, 2003, 2004), Dayrell (2004, 2006, 2007, 2014), Frigotto (2000, 2003, 2004, 2007), Goffman (1988), Habermas (1987, 1989, 1990, 2000, 2004), Elias e Scotson (2000), Kuenzer (1984, 2005, 2013). O estudo evidencia que a tensão se expressa pela diferença exteriorizada a respeito dos sentidos e significados do saber escolar e da própria escola entre os alunos, professores e gestores. A escola tem como objetivo a construção de uma racionalidade moderna, instrumental e funcional, e, ao contrário, o aluno vislumbra outra perspectiva para a sua escolaridade, a que contemple, para além da racionalidade técnica, a dimensão do sujeito e da subjetividade. Outra questão observada no estudo, são os estigmas que os alunos do ensino médio noturno vivenciam com as frequentes comparações com o período diurno, falta de incentivo e motivação, cansaço, entre outros estigmas que professores e a gestão escolar fazem recair sobre esse jovem que vem à escola à procura de oportunidades.
Palavras-chave: Ensino médio noturno. Alunos jovens. Estigma. Meritocracia.
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2281 0 bytes Pontifícia Universidade Católica do Paraná |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
O Mais Belo Florão da Igreja: Família e Práticas de Religiosidade em um Grupo de Imigrantes |
Versão: PDF Atualização: 30/10/2017 |
Descrição:
SCARPIM, Fábio Augusto
Esta tese tem como problemática o modelo de família proposto pela Igreja Católica e suas diferentes leituras em um grupo formado por imigrantes italianos e seus respectivos descendentes que se organizaram em torno de uma paróquia no município de Campo Largo - Paraná entre os anos de 1937 e 1965. Para entrelaçar os temas – família, Igreja Católica e imigração – em um primeiro momento buscamos compreender como a Igreja Católica construiu, ao longo de séculos, discursos específicos sobre família, matrimônio e sexualidade tendo como ponto de chegada a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, período que se desenvolveu a reação católica aos valores modernos e as tendências secularizantes. Tal período coincide com um processo de profundas mudanças na sociedade brasileira, entre elas, a renovação do catolicismo que elegeu a família como baluarte na defesa dos valores morais e de recristinização da sociedade. A defesa da família católica se constituiu como um dos principais sinais de identidade do grupo estudado que, ao longo da sua trajetória, foi atendido pela Congregação dos padres escalabrinianos criada com a finalidade de cuidar espiritualmente dos imigrantes. Pautados no binômio fé/italianidade os missionários procuraram organizar espiritualmente e religiosamente os imigrantes de modo a reconstruir o modelo parroquial trazido da pátria ancestral (o Vêneto). Assim, aos poucos, sob a direção dos missionários, foi se configurando uma “civilização paroquial” onde a família e as práticas de religiosidade exerceram papel fundamental tanto no processo de controle e disciplinamento da comunidade como na interação e na configuração das sociabilidades. Embora a comunidade fosse pautada por códigos morais e religiosos bastante rígidos, isso não impediu a ocorrência de transgressões e resistências às normas, demonstrando a complexidade das relações sociais e que o controle eclesiástico ocorria de modo incompleto. Assim, essa tese procurou demonstrar que a religiosidade, a interação comunitária e o papel preponderante de instituições como a família e a Igreja (típicas da comunidade imigrante) também convivia com tensões, disputas e jogos de interesse.
Palavras-chave: Família. Igreja Católica. Imigração. Campo Largo.
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1376 0 bytes UFPR http:// |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Renovação Poético-Musical, Engajamento e Performance Artística em Mercedes Sosa e Elis Regina (1960- |
Versão: PDF Atualização: 23/1/2019 |
Descrição:
WOZNIAK-GIMÉNEZ, Andrea Beatriz
Mercedes Sosa (1935-2009) e Elis Regina (1945-1982) constituíram-se em expressões da música popular latino-americana da segunda metade do século XX, representativas dentro de seus campos musicais, a música folclórica argentina e a música popular brasileira. Tanto Mercedes quanto Elis desenvolveram e reformularam seus projetos artísticos dialogando com os princípios estéticos dinamizados dentro de seus campos musicais assim como tensionaram os paradigmas musicais estabelecidos, contribuindo ativamente na reconfiguração destes espaços. Participantes dos processos de renovação musical e poética que deram origem ao Novo Cancioneiro e a MPB, seus repertórios e performances musicais integraram as lutas por redefinição de representações do nacional e do popular nas décadas de 1960 e 1970. O objetivo principal desta tese consistiu em comparar as trajetórias artísticas, as posturas estético-ideológicas e as obras musicais de Mercedes Sosa e Elis Regina, observando suas inter-relações e apropriações das discussões que aproximavam arte e utopia de transformação social que envolveu as artes nas décadas de 1960 e 1970. Suas trajetórias artísticas aproximam-se na busca por renovação poética e musical, atualizando e ressignificando tradições musicais; na valorização da música popular e nacional; no engajamento com a utopia de transformação social e, a partir dela, na disseminação de representações centradas no ideário nacional-popular; nas relações estabelecidas com a indústria cultural como forma de projeção artística; e nas performances paradigmáticas, as quais transformaram cada uma em referência enquanto intérprete, extrapolando as fronteiras de seus países de origem. No primeiro capítulo buscou-se evidenciar os processos de configuração e reconfiguração dos campos musicais em que tais intérpretes estiveram inseridas, a música folclórica argentina e a música popular brasileira, em especial os processos que originaram o Novo Cancioneiro e a Música Popular Brasileira, frutos do desejo de renovação musical e da simbiose entre arte e política. No segundo capítulo tratou-se de analisar e comparar as trajetórias artísticas de Mercedes Sosa e Elis Regina dentro de seus campos musicais na década de 1960, buscando compreender como suas práticas artísticas ajudaram a compor tais perspectivas musicais, o Novo Cancioneiro e a MPB. A partir da análise de suas produções artísticas, dos processos de reconhecimento e consagração dentro de seus campos musicais, tratou-se de evidenciar as formulações e reformulações de suas concepções, práticas e projetos artísticos. Também realizou-se um inventário das principais representações e identidades sociais mobilizadas através de seus repertórios, em especial as relacionadas ao nacional-popular, as quais integraram as lutas por redefinição de significados dentro da cultura popular na Argentina e no Brasil do período. No terceiro capítulo buscou-se analisar e comparar as trajetórias artísticas das duas intérpretes na década de 1970, em especial, as reformulações que realizaram em seus projetos estéticos e em suas produções artísticas durante o aprofundamento do autoritarismo e da censura após o Ato Institucional N.5 colocado em prática pela Ditadura Militar instaurada no Brasil (1964-1985) e as duas Ditaduras Militares que se sucederam na Argentina (1966-1973 e 1976-1983). Para além de destacar as estratégias colocadas em prática visando a manutenção da crítica social em seus repertórios, buscou-se evidenciar o redimensionamento que cada intérprete deu para o ideário nacional-popular, bem como analisar algumas das representações e identidades mobilizadas através de suas performances mais paradigmáticas.
Palavras-chave: Música popular. Engajamento. Performance vocal. Identidades sociais. Nacional-popular.
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8750 0 bytes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho http:// |
Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
O Viajante Não Está só; A Cultura Científica em Memória sobre o Brasil e as Ligações entre os Natura |
Versão: PDF Atualização: 29/1/2019 |
Descrição:
MOSCATO, Daniela Casoni
Esta tese analisa possíveis ligações entre dois grupos de viajantes naturalistas que estiveram no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Escolheu-se para tal objetivo, buscar e investigar, na literatura de viagem oitocentista, impressões e fragmentos de leituras sobre as obras de lusobrasileiros setecentistas. A hipótese é a de que determinadas investigações dos luso-brasileiros foram apropriadas e ressignificadas para a composição de famosos relatos de viagem do século XIX, feitos em sua maioria por naturalistas franceses e alemães. Além disso, identificaram-se outros contatos entre esses grupos. Eles se deram pela participação em uma rede de sociabilidade científica que permitiu o acesso dos autores do século XIX às memórias científicas dos luso-brasileiros e, em determinados momentos, o contato direto com esses sujeitos. Para investigar essa “República das Ciências”, escolheram-se aspectos próprios da história da leitura, como a circulação e apropriação dos escritos e a formação de uma comunidade de leitores que elegeu autores, construiu práticas do ler e significados singulares. Esses aspectos são abordados através das três etapas das expedições científicas: o preparo, a viagem e a escrita. Na primeira etapa, esclareceu-se o aprendizado e organização das expedições ocorridos em instituições – academias, universidades, gabinetes e jardins. Nesses lugares, além da educação formal de história natural, os sujeitos contactaram seus pares e se iniciaram na sociabilidade científica. Na segunda etapa, compreendeu-se como era a viagem filosófica ou científica nos trópicos brasileiros. Nesse momento, praticava-se o que se havia aprendido nos livros e nas aulas, além de reconhecer e conhecer outros naturalistas, seja através da leitura ou mesmo de encontros em suas residências brasileiras. Por fim, a escrita. O tempo da retomada de anotações e da leitura de muitos outros relatos de viagem. Nessa etapa, se imprimiu no papel as impressões particulares do trânsito, os significados obtidos pelas leituras de outros textos e a representação de encontros com outros sujeitos viajantes materializados no próprio relato.
Palavras-chave: Leitura. Ciência moderna. Viagem. Sociabilidade. Literatura.
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Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
O Movimento Underground e a Religiosidade: Comunidade Gólgota (2001 - 2015) |
Versão: PDF Atualização: 30/1/2019 |
Descrição:
MASCHIO, Maralice
Esta Tese pretende analisar a Comunidade Gólgota, na cidade de Curitiba/PR, a partir de um enfoque que busca privilegiar a dinâmica religiosa evangélica brasileira, entre 2001 (ano em que a Comunidade surgiu) até 2015 (quando identificamos uma alteração discursiva por parte das lideranças da Gólgota, não mais se apresentando como emergente e criticando o universo pós-moderno). Para tanto, partimos de uma abordagem sobre o protestantismo em suas origens, num movimento histórico de desdobramento das igrejas e denominações religiosas. A seguir, traçamos um cenário do Pentecostalismo ao longo do século XX no Brasil, por intermédio de suas igrejas e dissidências religiosas. O exercício ajuda a observar a Gólgota como possível expressão das igrejas emergentes, surgidas na virada do século XX para o XXI, que recorrem aos meios midiáticos, linguagem descontraída e público-alvo como os jovens undergrounds. Questionamos em que medida a Comunidade Gólgota pode ser vista como uma comunidade diferenciada, quais são as aproximações com outras denominações religiosas e quais são os limites de sua atuação, dialogando com autores como Paul Freston (1993; 1994), Antonio Gouvêa Mendonça (2005) e Magali Cunha (2007). A Gólgota volta-se para um público específico, os Undergrounds curitibanos (roqueiros, motociclistas, cabeludos, tatuados, com idade entre 18 e 35 anos, em geral universitários ou com formação superior concluída), com a oferta de expressões estilísticas e estéticas do rock para os que não encontraram identificação em outras denominações religiosas frequentadas, no próprio campo evangélico. Assim, alguns tiveram experiência como desigrejados ou pelo viés do trânsito religioso até chegarem à Gólgota, que trabalha neste vazio deixado pelas igrejas protestantes/pentecostais mais tradicionais. Frequentamos cultos, percorremos o ciberespaço institucional e produzimos entrevistas orais com lideranças e membresia religiosa. A etnografia nos auxiliou no exercício de entendermos dinamicamente os espaços que estávamos observando, além das diferentes formas, como foi possível captar, das relações existentes entre os indivíduos e grupos. Posteriormente, transformarmos o texto em linguagem e interpretação histórica.
Palavras-chave: Protestantismo. Pentecostalismo. Igrejas emergentes. Comunidade gólgota. Juventude. Undergrounds. Mídia. Lideranças.
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Categoria: História Teses Produções de Profissionais da Seed: Teses |
Narrativas de História de Vida de Mulheres Idosas: Memória, Subjetividade e Relações de Gênero |
Versão: PDF Atualização: 31/1/2019 |
Descrição:
ALMEIDA, Simone Aparecida Pinheiro de
A preocupação com uma educação voltada para terceira idade esteve presente em Conferências e Assembleias organizadas pela UNESCO e ONU. Alguns Programas e metas resultados do Relatório Delors, Congresso de Viena (1982) sobre envelhecimento, a Conferência de Pequim (1995) sobre a mulher e a Conferência de Madri (2002), tornaram-se marcos internacionais que dão aporte para elaboração de políticas públicas que atendem a terceira idade de maneira integral. O Problema de Pesquisa: As narrativas de história de vida das mulheres que frequentam a Universidade Aberta para Terceira Idade – UCTI da Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR revelam diferentes experiências marcantes, bem como os papéis que desempenharam influenciando e contribuindo na integração com o outro? Para responder ao questionamento da pesquisa elaboramos como Objetivo Geral: analisar as narrativas de vida das egressas da terceira idade por meio da história oral, identificando diferentes discursos e subjetividades. Ao elaborarmos as indagações da tese construímos os objetivos específicos para que dessem suporte ao objetivo geral, que são: identificar o papel das mulheres da terceira idade enquanto protagonistas de sua história de vida; registrar as experiências mais significativas e as memórias presentes na história de vida das mulheres na terceira idade, valorizando suas narrativas; possibilitar que os registros dessas memórias sejam divulgadas e contribuam para o enriquecimento da história local. A tese que buscamos defender é que as narrativas das idosas participantes da UCTI/UEPG são ricas em lembranças presentes na memória e que seus conhecimentos, suas sabedorias e suas experiências mais significativas ganham importância a partir do momento que dão voz à sua história de vida contribuindo com a integração com o outro. As narrativas revelam as diferentes experiências de mundo e contribuem para a afirmação de uma identidade do “ocupar-se consigo mesmo”, em uma concepção da hermenêutica do sujeito. (FOUCAULT, 2004). Destacamos as contribuições de autores de gênero Beauvoir, (1949), Butler (2003), Louro (2003; 2008), Scott (1992), Pedro (1994; 2007). Para compreendermos o conceito de velhice recorremos as obras de Beauvoir (1990), Aristóteles (1985), Platão (1965), Cícero (2002), Sêneca (2006). Para a Educação Permanente buscamos: Faure (1972), Furter (1974), Oliveira (1998), Vellas (2009). Em relação as concepções teóricas da História Oral enquanto método nos fundamentamos em: Montenegro (1992), Meihy (1997), Moraes (1994), Alberti (2004; 2008), Ferreira (2012), Portelli (1997;1998), Thompson (1992). Para Gênero e envelhecimento: Debert (1996; 1997; 2004). Sobre a Memória Bosi (1994; 2003), Halbwachs (1990), Bobbio (1997), Pollak (2006), Le Goff (1990; 1993; 2003). A Pesquisa Qualitativa adotou como método a História Oral, Alberti (2008), Ferreira (2000; 2012). Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas com a autorização das participantes. Os sujeitos da pesquisa foram 5 mulheres com mais de 70 anos da Universidade Continuada para a Terceira Idade da UEPG/PR (UCTI). As perspectivas teórico-metodológica para análise das entrevistas estão pautadas pela hermenêutica do sujeito. (FOUCAULT, 2004).
Palavras-chave: Gênero. Terceira idade. História de vida. Memória. Narrativas.
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