Categoria: Sociologia Dissertações |
A retórica da intransigência brasileira : uma análise do discurso da oposição durante o primeiro gov |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
MENEZES, Daiane Boelhouwer
Resumo: Esta dissertação realiza uma análise do discurso dos dois principais partidos de direita e, pela primeira vez, de oposição no âmbito federal – o Partido da Frente Liberal (PFL) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) –, durante a 52ª Legislatura da Câmara dos Deputados (1º/02/2003 a 1º/02/2007), ou seja, durante o primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva. O corpus de pesquisa foi composto pelos pronunciamentos proferidos em plenário pelos deputados federais líderes desses dois partidos, pois sabendo a indicação da liderança do partido, há fidelidade partidária na Câmara dos Deputados suficiente para poder prever em mais de 90% dos casos o resultado das votações. A análise deste corpus baseia-se nos conceitos da Escola Francesa de Análise de Discurso. A pesquisa busca saber quais das teses propostas por Albert Hirschman foram mais utilizadas pela oposição durante o primeiro mandato de Lula. A tese da perversidade sustenta que ações para melhorar a ordem econômica, social ou política só pioram a situação que se deseja remediar. A tese da futilidade defende que as mudanças são sempre ilusórias, já que as estruturas da sociedade permanecerão as mesmas. A tese da ameaça argumenta que o custo de determinada ação é muito alto, porque coloca em perigo outra realização anterior. A hipótese, baseada na conclusão de André Singer de que é característica da direita brasileira a aversão a qualquer tipo de mudança que ocorra via contestação da ordem e do direito de repressão do Estado no que diz respeito aos movimentos sociais, era que a tese da ameaça referente à ligação do governo com os movimentos sociais fosse a mais representativa. O número de pronunciamentos que utilizam o argumento da ameaça vinda da mobilização social confirma a hipótese, pois se trata do maior percentual, respondendo por 33,93% da retórica da intransigência brasileira. Além disso, ficou claro que o PFL foi o opositor mais contundente e deu preferência ao argumento da ameaça, enquanto o PSDB utilizou-se mais da tese da futilidade e dos efeitos perversos.
Palavras- chave: Oposição. Direita. Esquerda. Partidos políticos. Governo Lula.
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811 0 bytes PUC - Rs http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1431 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força de trabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de 10 trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense, mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas – apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não- trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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Categoria: Sociologia Dissertações |
A subjetividade no novo tempo de trabalho: um estudo sobre a flexibilidade |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PAIXÃO, Alessandro Eziquiel da
Nas novas formas de gerenciamento e de organização de produção engendradas pela reestruturação produtiva, não bastaria ao trabalhador ser apenas força detrabalho dentro de uma determinada jornada de trabalho. A subjetividade do homem é chamada a participar do processo de produção de mercadorias. Na procura desta subjetividade o capital inaugura uma nova forma de organização temporal que representa um esforço apreensão de outros elementos que não somente o tempo de trabalho. Desta forma, o objetivo da pesquisa foi compreender o processo de reestruturação produtiva – e mais especificamente os aspectos ligados ao tempo de trabalho e à subjetividade do “novo” trabalhador – a partir da ótica do trabalho e do trabalhador, tendo como objeto de estudo a indústria automobilística paranaense , mais especificamente o complexo industrial da Audi-Volks localizado na RMC. Esta perspectiva na abordagem do objeto significa, sobretudo, que o fio condutor da pesquisa não se encontra no processo de reestruturação produtiva das empresas apesar de estar intimamente ligado a ele; mas nas categorias trabalho e tempo de trabalho. É a partir destas que se inicia e são elas que conduzem a análise. Com a subjetividade participando da produção, o trabalho perderia o seu caráter alienado e o homem que trabalha poderia expressar-se enquanto homem e não como força de trabalho que confere valor à mercadoria pelo seu tempo. Surgiria um “novo” homem e um “novo” trabalho. Contudo, a expressão da subjetividade e da individualidade do trabalhador, propostas de um “novo” tipo de trabalho e de trabalhador da empresa flexível, são inseridos, contraditoriamente, na dinâmica do trabalho abstrato. Contraditoriamente pois esta subjetividade que poderia transformar de fato a força de trabalho em homem e o trabalho no momento de expressão e afirmação deste, é apenas mais um elemento que necessita estar presente na produção. Passa a existir então uma força de trabalho dotada de subjetividade. Aquela subjetividade que propiciaria ao trabalhador escapar da condição de força de trabalho acaba entrando no circuito da mercadoria. Assim, a leitura do processo produtivo flexível a partir da teoria do valor de Marx evidencia como além do tempo físico da jornada de trabalho, o capital procura outros elementos passíveis de participarem do processo de produção de mercadorias: determinadas atitudes, disposições, valores e comportamentos, são chamados a incorporar valor aos produtos e técnicas de produção. Na tentativa de apreensão da subjetividade do trabalhador, a flexibilidade promove uma “desorganização” temporal que faz com que mesmo o tempo de não-trabalho seja reificado. A jornada de trabalho perde a sua delimitação, uma vez que mesmo o trabalho não realizado, mas já planejado e apropriado pelo capital, apareça antecipadamente reificado na forma de tempo, mais especificamente na forma das horas negativas do banco de horas da empresa. A relação que se dava às costas dos trabalhadores, com a redução dos seus trabalhos concretos a trabalho abstrato que conferia valor à mercadoria, se dá, agora, abertamente e para além de um tempo de trabalho. A flexibilidade impõe diferentes ritmos e arranjos temporais, transformando a organização do tempo em um “quebra-cabeça”, que perde a denominação e a delimitação imediata de tempo de trabalho. Assim, o processo de apreensão da subjetividade do trabalhador configura-se em um processo de exacerbação da forma abstrata do trabalho, que possibilita ao capital transformar em valor outros elementos que não somente o tempo de trabalho.
Palavras-chave: Tempo de trabalho. Trabalho abstrato. Subjetividade.
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856 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4260 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A Territorialidade da “Posse” na Luta pela Reforma Agrária_Os Acampamentos do MST em Iaras – SP |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
IHA, Monica Hashimoto O presente estudo tem como objetivo apresentar a territorialidade dos acampamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Município de Iaras-SP, a partir da análise crítica do movimento social, buscando a gênese da concentração fundiária e dos sem-terra na formação territorial do País. A partir de 1995 o MST fez a sua primeira ocupação na região, realizando o assentamento Zumbi dos Palmares. Os demais acampamentos que se instalaram passaram por um longo período de espera, o que causou a saída de muitas pessoas, sendo necessário a criação de estratégias para a sobrevivência. O acampamento afirma a posse da terra em barracas de lona preta e, em alguns casos, realizando pequenos roçados e criação de animais. A organização dos acampamentos pelo MST é mantida por um conjunto de regras e disciplina o que contrasta com os valores e a vida anterior do acampado, o que provoca inúmeras contendas. A situação de acampado revela grande instabilidade, estando sujeito à violência dos grandes proprietários de terra, ao despejo e à estigmatização por ser sem-terra. Este estudo teve como metodologia de trabalho a pesquisa qualitativa, através de técnicas como: pequenas histórias de vida, relatos orais, entrevistas, questionários, observação participante e pesquisa nos arquivos de órgãos do Estado responsáveis pelo processo de reforma agrária (Incra e Itesp).
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794 0 bytes Unicamp http://www.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Dissertações |
A trajetória social da Irmă Tereza Araújo: serviço e contemplaçăo |
Versão: pdf Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
KULAITIS, Letícia Figueira Moutinho
Resumo: Estudo da trajetória social da Irmã Tereza Araújo (1919-1981), religiosa da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo que, na década de 1970 a 1980, realizou a primeira inserção religiosa em meio popular no bairro do Boqueirão e influenciou a atuação de obras comunitárias em Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba, bem como do Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo, fundado em 1981.O objetivo central desta dissertação é reconstruir a trajetória social da Irmã Tereza Araújo, o que envolve investigar, sociologicamente, o modo como a religiosa percorreu o espaço social. Sendo assim, o problema de pesquisa levantado neste trabalho corresponde as seguintes questões: Como seu deu a trajetória social da Irmã Araújo?; Quais os aspectos da trajetória social da Irmã Araújo que fazem com que esta permaneça como influência nos trabalhos comunitários de Curitiba e Região Metropolitana? Em Norbert Elias e Pierre Bourdieu foram encontradas as orientações teóricas e metodológicas necessárias à construção, em perspectiva sociológica, da biografia de um indivíduo. Portanto, conceitos como habitus, campo e trajetória social, em Bourdieu e configuração, interdependência e equilíbrio de poder, em Elias, assumem fundamental importância na realização deste trabalho. Além destes conceitos, o conceito de carisma é utilizado neste trabalho, como discutido por Bourdieu e Elias, para estabelecer a relação entre o histórico da Companhia das Filhas da Caridade e a trajetória da Irmã Tereza Araújo. Pode-se concluir que realizando de forma intensa o habitus vicentino, a Irmã Araújo destacou-se no campo religioso, pois sua dedicação aos princípios da Companhia das Filhas da Caridade valeu a religiosa um grande investimento da ordem em sua formação e o reconhecimento daqueles que conheceram seu trabalho.
Palavras-chave: Não informado
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1823 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1330 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Adolescência e maternidade: sentidos produzidos neste encontro e implicações para o desenvolvimento |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
MARTINES, Gisele Trommer
Este estudo tem como objetivo investigar os sentidos que são produzidos no encontro entre adolescência e maternidade na tentativa de ressaltar inter-relações entre este fenômeno e o desenvolvimento regional, uma vez que a cada ano, no Brasil, um milhão de adolescentes dão à luz (correspondendo a 20% do total de nascidos vivos). Constatamos índices semelhantes no município de Cachoeira do Sul/RS, local onde realizamos esta pesquisa. Participaram deste estudo oito mães adolescentes primíparas, com idades entre 15 e 18 anos. Consideramos adolescente aquele sujeito que tem entre doze e dezoito anos de idade, conforme disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Realizamos de uma a duas entrevistas com cada participante com o objetivo de analisar a experiência de ser mãe na adolescência. O método utilizado nesta proposta de investigação científica é de uma abordagem qualitativa da realidade, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Realizamos a análise dos dados através do método de práticas discursivas e produção de sentidos, utilizando o mapa de associação de idéias como técnica de interpretação. Neste estudo verificamos que os sentidos produzidos no encontro entre adolescência e maternidade apontam para uma experiência de vida plena de significados positivos, bem como constituem uma experiência negativa com sentimentos de perda, de renúncia forçada e de muitas dificuldades. Ao longo desta pesquisa refletimos sobre a necessidade de problematização do discurso vigente atual que considera a gravidez e a maternidade na adolescência como um problema, produzindo, desta forma, preconceito e discriminação.
Palavras-chave: Maternidade. Adolescência. Sentidos produzidos. Desenvolvimento regional.
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934 0 bytes http://www.unisc.br |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Agricultor familiar e projeto agroecológico de vida |
Versão: Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
PINHEIRO, Gustavo Silveira
Resumo: A agricultura familiar no Brasil não passa apenas por um processo de diferenciação social crescente originando formatos diversos no que se refere à organização da produção, mascom a emergência da questão ambiental, desenvolve diferentes estratégias de reconstrução de relações com a natureza e com a sociedade. Nesse sentido este trabalho visadesenvolver um referencial teórico-prático para analisar a agricultura familiar, tendo como universo empírico o Núcleo Regional Maurício Burmester do Amaral da Rede Ecovida de Agroecologia, que agrega agricultores da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Campos Gerais e Litoral do estado do Paraná. Inicialmente faz se um breve histórico dos diferentes formatos de produção na agricultura brasileira com o intuito de construir uma definição apropriada a este trabalho e demonstrar como o projeto coletivo da Rede Ecovida constrói-se em oposição à agricultura convencional, apresentando-se como uma alternativa viável a este modelo sob a perspectiva social e ambiental. A realização deste projeto coletivo utópico pautado nos princípios da agroecologia somente se realiza se encontra respaldo no âmbito individual dos atores. Procurasse compreender como, mediante a adoção de práticas orientadas pelos princípios da agroecologia, são construídos projetos de vida que não são orientados exclusivamente por uma racionalidade econômica típica da modernidade, mas igualmente reconstroem relações que tem raízes numa condição de vida familiar tradicional, na qual as dimensões do econômico, da autonomia e da propriedade rural percebida e utilizada como uma unidade de vida, se mostraram como fundamentais na reconstrução de relações socioambientais.
Palavras-chave: Agricultura familiar. Rede Ecovida de Agroecologia. Projeto de vida.
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917 0 bytes UFPR http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1400 |
Categoria: Sociologia Dissertações |
Artistas plásticos e galerias de arte em Curitiba: Consagraçăo simbólica e comercial |
Versão: PDF Atualização: 16/8/2013 |
Descrição:
VAZ, Adriana
A arte moderna rompe com o modelo acadêmico e com o poder de consagração da Academia, fortalecendo o mercado de pintura com o aparecimento das galerias de arte e seus interlocutores. De acordo com Pierre Bourdieu, o campo das galerias de arte reproduz em sincronia a história dos movimentos artísticos desde a ruptura realizada por Manet, pois cada uma das galerias foi uma galeria de vanguarda e é tanto mais consagrada quanto mais as obras as consagram, isto é, tem sua marca própria e é reconhecida por esta marca, portanto, recebe classificações distintas, podendo ser considerada uma galeria de vanguarda ou comercial, diferença que representa a estrutura natural de classificação dos bens simbólicos.
Palavras-chave: Mercado de bens simbólicos. Mercado de arte. Intermediários culturais. Galerias de arte. História da Arte Paranaense.
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4334 0 bytes UFPR |
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