Categoria: Sociologia Teses |
Capitalismo, desigualdade e pobreza na América Latina |
Versão: Atualização: 15/5/2008 |
Descrição:
Estenssoro, Luis Enrique Rambalducci
Argumentamos que a superação da crise do modelo neoliberal de crescimento econômico, da crise do padrão de acumulação dependente e da crise do modo de produção capitalista tende a se dar por meio de mudanças estruturais vinculadas à situação dos 211 milhões de pobres na América Latina. Desta forma, encaramos a possibilidade da erradicação da pobreza como uma mudança social capaz de dar um mínimo de cidadania possível a essa população e de criar condições para futuras transformações. Afirmamos que a pobreza e a desigualdade, não sendo exclusivas do capitalismo, persistem e crescem neste modo de produção hegemônico no planeta devido a dois processos: 1) o crescimento econômico capitalista, ou seja, a expansão comercial e o investimento externo como processos que extraem o excedente dos setores e classes não-capitalistas (mercados externos) e constituem e consolidam nas áreas periféricas do sistema o imperialismo e sua contrapartida interna, a dependência; e, por outro lado, 2) a superexploração dos trabalhadores por meio da extração crescente de mais-valia (intensificando o trabalho e diminuindo os salários com relação ao valor da força de trabalho), e o processo simultâneo de inclusão marginal no sistema dos desempregados e pobres que trabalham (working poor), Isto é, o desenvolvimento e a dinâmica decorrente da própria expansão do capitalismo produz um exército industrial de reserva e, concomitantemente, um lumpemproletariado considerável. O exército de reserva é classicamente associado ao funcionamento econômico do sistema capitalista. Sustentamos aqui que o lumpemproletariado constitui-se também num produto do sistema capitalista, enquanto população economicamente marginalizada, socialmente excluída, e politicamente destituída dos seus direitos básicos. Em suma, uma transformação na condição dessa pobreza estrutural implica em mudanças estruturais que superem a condição de subcidadãos ou lumpencidadãos desses grupos excluídos.
Palavras-chave: América Latina.Capitalismo. Dependência. Desigualdade. Exclusão social. lumpemproletariado. Pobreza.
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150057 0 bytes USP http://www.teses.usp.br/ |
Categoria: Sociologia Teses |
A burguesia sem disfarce : a defesa da ignorância versus as lições do capital |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
LINS, Ana Maria Moura
Resumo: A Burguesia sem Disfarce: A Defesa da Ignorância x As Lições do Capital, é um conjunto de reflexões que tem por objetivo fundamental compreender a importância da Escola na sociedade burguesa. Neste sentido, esta tese se propõe a analisar as razões históricas, elaboradas pela Economia política, que, em um determinado momento, justificam o impedimento da Escola para aqueles que, no processo da divisão social do: trabalho, não têm outra alternativa que não ganhar sua subsistência com o movimento de seus corpos. Outrossim, procurou-se alcançar os fundamentos que motivaram a expansão da educação primária, como forma de impedir a completa obliteração das crianças e adolescentes, a partir do surgimento da indústria moderna. A partir desses pressupostos, a discussão se estende até dois momentos da história da educação no Brasil: o confronto de interesses entre a Companhia de Jesus e o Gabinete pombalino; e o período de transição entre o fim do trabalho e escravo, e o início do trabalho livre, desde meados até o final do século XIX.
Palavras-chave: Classe média. História. Sociologia educacional.
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16605 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000037366 |
Categoria: Sociologia Teses |
A ambiguidade da ordenação feminina : mulher e subjetividade na comunidades paulinas durante os prim |
Versão: PDF Atualização: 19/8/2013 |
Descrição:
SILVA, Roberta Alexandrina da
Este trabalho discute como os discursos são apropriados e selecionados, com o intuito de legitimar posturas e comportamentos, como no caso, do problema da Ordenação feminina no âmbito católico nos séculos XX e XXI, depois do Concílio do Vaticano II (1962-1965), que se tornou ponto de partida para debates entre teólogas feministas e o grupo 'conservador' da Igreja Católica. Com isso, a questão da Ordenação perpassa, por ambos os grupos, por uma apropriação do passado cristão, as suas origens, em que o corpus paulinum se tornou um ponto de partida para debates e discussões na atualidade. Foi a partir dessas origens que o trabalho, no segundo momento, se centrou ao abordar o contexto desse mundo paulino, século I e.c., onde valores como honra e vergonha foram trabalhados nas comunidades paulinas e que refletem no corpus paulinum. O problema da Ordenação é o ponto inicial da tese, pois esta pesquisa se centra como Paulo foi apropriado e utilizado, tanto por grupos na contemporaneidade quanto por escritos pós-paulinos, onde, a figura de Paulo foi utilizada para legitimar e endossar condutas e posturas, e um processo de institucionalização da Igreja. Em suma, este trabalho sugere algumas concepções distintas para conceitos como feminino e masculino, analisados numa perspectiva de gênero. Emerge, dessa análise, outro olhar sobre o papel sexo-social nas comunidades paulinas do I século e.c., o que permite um confronto dessa leitura com discursos acadêmicos sobre o assunto.
Palavras-chave: Cristianismo. Ordenação de mulheres. Gênero. Igreja Católica.
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13053 0 bytes Unicamp http:// |
Categoria: Sociologia Teses |
O Que o Cidadão Kane tem a ver com a Rainha Christina? |
Versão: PDF Atualização: 7/2/2014 |
Descrição:
MACHADO, Sandra de Souza
A tese analisa características marcantes, comuns, e fundamentais nas produções audiovisuais eurocêntricas, hegemônicas e dominantes no panorama mundial, que instigam, perpetram, e perpetuam a negação do feminino e a formação dos estereótipos de gênero que permeiam as diversas culturas e sociedades globais. As teorias da imagem em movimento (cinema) e da fotografia, bem como as análises críticas das teorias feministas do cinema, são desenvolvidas como ferramentas para a pesquisa. A imagem é um instrumento poderoso de comunicação, assemelha-se ou confunde-se com o que representa. Visualmente imitadora, ou reflexo, pode levar ao conhecimento, educar, ou enganar. A imagem construída cria associações mentais sistemáticas. A análise da (i)materialidade da imagem questiona suas diversas significações e os problemas que ela levanta enquanto signo. A metodologia envolve o hibridismo da leitura comparativa e análise fílmica entre as produções audiovisuais em estudo, do ponto de vista das questões de gênero, dos feminismos, da crítica psicanalítica, da História do Possível. O controle da memória andro-eurocêntrica, mormente pelas mídias audiovisuais, está ligado a questões históricas de poder e dominação. Nessa memória, a mulher é o segundo sexo, ela é o Outro, e segue representada pela identidade de dominação patriarcal: o homem. Dados e pesquisas deste século XXI mostram que o cinema norte-americano, feito para as massas, movimenta entre 10 a 12 bi lhões de dólares, por ano, com a produção, exibição, distribuição, bilheterias, vendas de vídeos e DVDs, em escala mundial. E o montante cresce a cada ano. Apesar de seus lugares-comuns, clichês, e fórmulas prontas, as produções audiovisuais dominantes procuram acompanhar as exigências “politicamente corretas” e novas preocupações, em nível global, com questões como o racismo, sexismo, gênero, meio ambiente, questões religiosas e sócio-culturais. Entretanto, em pleno século XXI, pouco mudou, de fato. Principalmente, no que tange os problemas de gênero. Aos que reclamam contra os estereótipos femininos negativos e mesmo a nulidade do feminino, que se perpetuaram e são exaustivamente reproduzidos, desde todo o século passado, na mídia norte-americana, e no Ocidente, por conseguinte, os executivos da mídia audiovisual argumentam que a economia e a política sócio-culturais dessa indústria tornam impossível aos produtores evitarem tais estereótipos de gênero. As mulheres, em todo o mundo, ainda têm que lidar com o fato de que muitos produtores (imensa maioria) do cinema estão muito mais preocupados em serem chamados de racistas, por exemplo, do que de misóginos.
Palavras-chave: Cinema. Feminismo. Hisória. Estudos de Gênero. Psicanálise.
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11513 0 bytes UnB http://repositorio.unb.br/handle/10482/4256 |
Categoria: Sociologia Teses |
O discurso do protagonismo juvenil |
Versão: Atualização: 21/9/2010 |
Descrição:
Souza, Regina Magalhães de
Desde meados da década de 90 observa-se a presença do enunciado protagonismo juvenil nos textos dos organismos internacionais, organizações não-governamentais, órgãos de governo e educadores, em referência a uma certa forma de participação da juventude na sociedade. Este trabalho faz uma análise do discurso que dá suporte ao protagonismo juvenil, identificando a matriz discursiva que o tornou possível: uma concepção de sociedade como um aglomerado de indivíduos atores sociais que estabelecem relações de negociação com os outros indivíduos enquanto realizam atividades que beneficiam a si próprios e à coletividade. A atuação social, característica dos atores sociais, ocorrida no cenário público constitui a essência da nova forma de política prescrita pelo discurso. A tese deste trabalho é a de que essa nova forma de participação constitui, em última instância, encenação, implicando a anulação da política e funcionando como mecanismo de integração da juventude pobre. A anulação da política ocorre pela adoção do fazer coisas como forma de participação e pela fabricação do consenso pelo discurso, o que impede a fala autônoma e transgressora.
Palavras-chave: Discurso. Educação.Juventude. Organização não governamental. Protagonismo juvenil.
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7911 0 bytes USP http://www.teses.usp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
Língua e mestiçagem: Uma leitura das reflexões lingüísticas de Gilberto Freyre |
Versão: pdf Atualização: 13/11/2013 |
Descrição:
BORBA, Lilian do Rocio
As línguas são objeto de discursos cotidianos que podem ser tanto avaliativos quanto descritivos, este fato é reconhecidamente uma das preocupações da pesquisa sociolingüística. Neste trabalho, analisamos discursos do senso comum que se reportam à língua como elemento constituinte da nação brasileira. O que, consideramos, atua no processo de construção de identidade nacional. Empregando um viés diacrônico e qualitativo, tratamos de imagens presentes em Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre 1933, tais como o português com açúcar - ou o abrandamento do português do Brasil -, além de enunciados do século XIX sobre como os brasileiros utilizam sua língua. O objetivo é ressaltar como em ambos os grupos de enunciados as representações sociais que emergem atuam tanto no imaginário sobre a língua como sobre os grupos que a utilizam. Tal processo concorre para a construção de identidade lingüística: como o indivíduo se reconhece na sua língua, como o indivíduo se refere a ela, o que se diz dela que é aceito como verdade.
Palavras-chave: língua nacional. identidade. sociolingüística. Gilberto Freyre. xi
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6460 0 bytes Unicamp http://www.bibliotecadigital.unicamp.br |
Categoria: Sociologia Teses |
O sujeito no pensamento social de Max Weber |
Versão: PDF Atualização: 20/8/2013 |
Descrição:
ALTOMARE, Marcelo Carlos
O pensamento social weberiano pressupõe, e esta é a hipótese desta tese, a existência de um modelo de subjetividade que converte ao indivíduo num "sujeito de fé". Assim, o objetivo da investigação será mostrar os fundamentos conceituais da formalização weberiana do "sujeito de fé". Nossa hipótese afirma que o pensamento social de Weber pressupõe a existência de uma dimensão não racional de subjetividade, isto é, de um "sujeito de fé não racional" motivado por uma adesão incondicional a "ideias de valor definitivo", logicamente injustificáveis, incomensuráveis e, por conseguinte, incalculáveis. O método de exposição desenvolverá a demonstração da mencionada hipótese sobre a concepção weberiana do sujeito começando com a análise das determinações conceituais teórico-metodológicas da Wissenchaftslehre e finalizando com a análise das determinações conceituais empírico-históricas de sua Religiosenssoziologie.
Palavras-chave: Sujeito (Filosofia). Sociologia. Filosofia. Irracionalismo (Filosofia)
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5049 0 bytes Unicamp http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000220585 |
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